[...]
- E foi assim que eu parei.
Dois minutos depois, outro cara:
- Tô aqui por causa de minha mulher. Das mulheres que comi e que me largaram. As que larguei, enfim. Toda vez que tô na merda saí alguma coisa. Merda ou alguma coisa que preste. Na maioria das vezes é alguma coisa que presta que considero como merda. Mulher vai e vem e o álcool acaba se tornando seu melhor amigo, psicólogo e tudo mais. O cigarro é o companheiro pra todas as horas. Ele e o álcool. Mas voltando: Mulher vai e vem e acabei começando a escrever. Viciei. Vício assim como o álcool e o cigarro. Mas a arte de escrever não se encontra nos botecos da esquina, no bolso do paletó de algum sacana. Nããão. E hoje que não tenho mais mulheres não fico mais na merda. Não escrevo mais. Foi assim que parei.
- Então, a sessão dos Escritores de Gaveta fica por aqui. Até a próxima quinta.
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